Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

 

TL 331

Análise Comparativa entre Resultados Obtidos com o Stent de Palmaz-Schatz e Outros Tipos de Stents

Gilberto Nunes, Luiz F. Tanajura, Luiz A. Mattos, Fausto Feres, Áurea Chaves, Marinella Centemero, Edgar Victor Fo, José Castello Branco, Amanda Sousa, J.Eduardo Sousa.

Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP

 

Fundamentos:Estudos randomizados recentes demonstraram a superioridade do stent de Palmaz-Schatz (SPS) sobre a angioplastia coronária em pacientes selecionados. Entretanto, o desempenho de outros modelos de stents em comparação com o SPS ainda não foi determinado.

Objetivo: Comparar a evolução inicial e tardia dos pacientes (P) tratados com o SPS ou com outros tipos de stents.

Delineamento: Análise retrospectiva de uma série de pacientes.

Pacientes e Métodos: De out/87 a mar/97, 878 P foram submetidos a implante de stents, tendo 468 P recebido SPS e 410 P outros stents (não-SPS). Foram comparadas as características clínicas, angiográficas e as evoluções hospitalar e tardia dos dois grupos de P.

Resultados: P tratados com o SPS apresentaram mais frequentemente implante não eletivo (12% vs 7%, p = 0,026), lesões-alvo reestenóticas (13% vs 6%, p = 0,001) e em pontes de safena (15% vs 2%, p = 0,001). P tratados com não-SPS apresentaram maior prevalência de diabetes (20% vs 12%, p = 0,005), lesões complexas (68% de lesões B2/C vs 37% no grupo SPS, p= 0,0001) e localizados em artéria circunflexa (19% vs 11%, p=0,001). Além disto, como a experiência com estas novas próteses é mais contemporânea, o emprego de antiagregantes plaquetários isolados foi mais freqüente no grupo não-SPS (91% vs 72%, p=0,0001). Não foram observadas diferenças entre os dois grupos no tocante à evolução hospitalar (sucesso de procedimento, taxa de infarto, cirurgia de emergência, trombose do stent). Ao final de 6 meses, a incidência de reestenose foi semelhante nos dois grupos (33% no grupo SPS vs 29% no grupo não-SPS, taxa de reestudo global ~ 60%).

Conclusão: Nestas série não selecionada de P consecutivos submetidos ao implante de stents coronários, os resultados tanto imediatos quanto tardios foram semelhantes nos P tratados com SPC ou com outros tipos de próteses, apesar de pequenas diferenças entre os grupos no tocante a fatores de risco, indicação do implante, tipo de lesão e vasos abordados.