Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia
TL 334
Miocardiopatia Chagásica. Relação entre Colágeno Intersticial e o Grau de
Comprometimento Clínico.
Charles Mady, Paulo H. N. Saldiva, Maria C. P. Giorgi, Barbara M. Ianni, Edmundo
Arteaga, Giovanni Bellotti.
Instituto do Coração - HCFMUSP, São Paulo, SP.
Objetivo: O propósito deste estudo foi o de avaliar a fibrose intersticial e a
severidade do comprometimento clínico em pacientes com os vários tipos evolutivos de
miocardiopatia chagásica e relacionar a interidade da disposição do colágeno com o
grau de disfunção.
Material e Métodos: Foram realizadas biópsias endomiocárdicas de ventrículo
direito em 33 pacientes, 8 na forma indeterminada, 6 com alterações
eletrocardiográficas mas sem insuficiência cardíaca congestiva (ICC) e 19 com ICC. O
colágeno foi estudado por procedimentos morfométricos em cortes histológicos corados
pelo "Sirius Red F3BA" e examinados pela microscopia de polarização. Fração
de ejeção (FE), velocidade máxima de esvaziamento (VME1) e velocidade
máxima de enchimento (VME2) de VE foram determinados pela ventriculografia
radioisotópica. A análise de variância foi empregada como método estatístico.
Resultado: Efeitos significantes negativos da fibrose na FE (p<0,001), VME1
(p<0,001)e VME2 (p = 0,015) foram observados, havendo, portanto,
relação entre a intensidade da disposição de colágeno em interstício e o grau de
disfunção ventricular.
Conclusão: Os resultados indicam que o colágeno intersticial está associado de
forma significante com comprometimento funcional tanto sistólico como diastólico de VE.
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