Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia
TL 350
Utilidade da Ecocardiografia Transesofágica na Cirurgia de Revascularização
Miocárdica sem Circulação Extra-corpórea.
Arnaldo Rabischoffsky, Armando Cantisano, Guilherme Paulino, Antonio Carlos
Nogueira, Alvaro Moraes, Fernando Morcerf, José Rodrigues, Sergio Silva, Mário Amar,
João Carlos Jazbik, Joaquim Coutinho, Waldir Jazbik.
Hospital pró-cardíaco e ECOR - Rio de Janeiro - RJ
A Ecocardiografia Transesofágica (ETE) tem sido usada rotineiramente no
intra-operatório de cirurgia valvar conservadora (principalmente mitral). Com o uso de
cirurgia de revascularização miocárdica (RM) sem o auxílio de circulação
extra-corpórea (CEC), uma adequada avaliação da contração do ventrículo esquerdo
(VE) é altamente desejável.
Objetivo: mostrar a experiência inicial na monitorização da função global e
segmentar do VE durante a cirurgia de RM sem CEC.
Métodos: foram estudados 84 pacientes (pts) com idades variando de 36 a 81 anos,
sendo 62 homens e 22 mulheres. Todos foram submetidos à RM de maneira eletiva, com a
realização de 142 anastomoses para as artérias descendente anterior, circunflexa e
coronária direita. A monitorização com a ETE começou após a entubação traqueal e se
prolongou até o momento de fechamento da parede do tórax em todos os pts. Foram
utilizados transdutores biplano, com ênfase nos cortes trans-gástricos do VE para a
análise de função ventricular.
Resultados: em 10 pts (12%) foi detectado anormalidade de contração segmentar na
parede relacionada à RM. Destes, 8 eram de desconhecimento da equipe cirúrgica. Este
reconhecimento levou à revisão de anastomoses nos 10 casos, sendo possível identificar
causas anatômicas, passíveis de correção, em 5, e, a utilização de drogas
vaso-ativas nos casos restantes, com bons resultados. Durante este período do estudo
foram diagnosticados apenas 2 casos de infarto trans-operatório.
Conclusão: a ETE intra-operatória fornece informações precisas sobre o estado
funcional global e segmentar do VE, possibilitando diagnosticar e tratar as complicações
comuns passíveis de correção no mesmo ato operatório, diminuindo consequentemente
custos e tempo de permanência no hospital.
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