Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

TL 353

Claudia A.S. Ferreira, Fabio B. Jatene, Maria Inez Z. Feltrim, Sandra W. F. Chaves, Tereza C.P. Barrocas, Alberto Cukier, Adib D. Jatene

Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP, São Paulo, SP

Fundamento: O grande interesse atual pela cirurgia minimamente invasiva levanta algumas questões acerca das reais vantagens da mesma sobre os métodos tradicionalmente utilizados.

Objetivo: Este estudo tem por objetivo analisar comparativamente as repercussões pulmonares e da dor em 2 grupos de pacientes (convencional x minimamente invasiva) submetidos a revascularização do miocárdio com o uso da artéria mamária interna esquerda.

Delineamento: Trata-se de um estudo prospectivo.

Material: Foram analisados 20 pacientes divididos em 2 grupos (10 em cada) que foram submetidos à revascularização cirúrgica do miocárdio.

Métodos: No grupo I foi utilizado esternotomia e circulação extracorpórea. No grupo II foi realizada minitoracotomia, sem auxílio de circulação extracorpórea. Todos os pacientes foram submetidos à prova de função pulmonar, bem como, avaliação da intensidade da dor no período pré e pós-operatório (3 a 6 dias).

Resultados: Os valores médios das provas de função pulmonar dos 2 grupos mostraram decréscimo no período pós-operatório e parcial recuperação até 6° PO, sem diferenças estatísticas entre os grupos. A intensidade da dor torácica observada através de testes específicos foi 29% menos intensa no Grupo I quando comparada ao Grupo II; 33% dos pacientes do Grupo I não apresentaram dor ou tiveram dor discreta no período pós-operatório e só 15% do Grupo II não apresentou dor.

Conclusões: Alterações pulmonares foram observadas no período pós-operatório com a mesma intensidade em ambos grupos e menor intensidade de dor foi observada no grupo em que foi realizada esternotomia.