Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia
TL 356
Incidência de Acidente Vascular Cerebral na Revascularização Miocárdica.
Nazareth N Rocha, Antônio S Rocha, Paulo R Dutra, Rita C Villela, Marialda
Coimbra, Odilon Barbosa, Celso Garcia.
Coordenação Clínica de Pré e Pós-operatório da Cirurgia Cardíaca do Hospital
de Cardiologia de Laranjeiras - Ministério da Saúde - RJ.
Fundamento: Acidentes Vasculares Cerebrais(AVC) são relativamente freqüentes
após a realização de cirurgia de revascularização miocárdica(CRM).
Objetivos: Avaliar a incidência e os fatores de risco para AVC em pacientes
submetidos à CRM.
Delineamento: Estudo observacional.
Pacientes: Entre dezembro de 1995 e dezembro de 1996 foram estudados 80 pacientes
consecutivos submetidos à CRM. Havia 52 homens e 28 mulheres com média de idade de 61± 9 anos.
Métodos: AVC foi definido pela presença de encefalopatia anóxica, seqüela
motora permanente ou transitória, torpor ou coma, deterioração da função intelectual,
desorientação, agitação, deficiência na memória ou crise convulsiva no
pós-operatório. Nos cálculos estatísticos foram usados o teste t Student, teste
do Quiquadrado, teste exato de Fisher e teste de Mantel-Haenszel, aceitando-se p menor ou
igual a 0,05 como significativo.
Resultados: A incidência global de AVC foi de 7,5%. Na tabela estão apostos os
fatores que influíram significativamente na incidência de AVC
Variável |
c/AVC(n=6) |
s/AVC(n=74) |
p |
s/CEC |
3 |
3 |
0,004 |
DVP |
3 |
5 |
0,01 |
CEC,significa circulação extra-corpórea; DVP, doença vascular periférica.
As demais variáveis estudadas não contribuíram significativamente para o
desenvolvimento de AVC.
Conclusão: Na nossa casuística a incidência de AVC foi de 7,5%. O acidente
vascular cerebral esteve associado à presença de cirurgia sem extra-corpórea e à
doença vascular periférica.
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