Temas Livres do  LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

TL 366

Regina F. T. Santana, Milton Godoy, Luiz C. Passaro, João A. Mantovanini, José A. A. Cortez, Celina T. Wakamatsu, Radi Macruz

Centro de Estudos da Fitcor - SP

Sabe-se da influência do treinamento físico (TF) no perfil lipídico sanguíneo (PL), contudo, nesta relação encontram-se aspectos controvertidos.

O objetivo da investigação foi verificar o nível de exercício necessário no TF para uma modifição significativa no PL.

Foram avaliados 54 homens, sedentários que cumpriram uma assiduidade superior a 65 % de 12 sessões de 60 minutos por semana durante 4 meses. O TF foi realizado em nível de 52 a 70 % da frequência cardíaca atingida no teste de esforço (TE) em protocolo de esteira rolante (Ellestad). Ao lado do trabalho físico máximo (TFmáx) nas condições inicial (C0) e final (CI) foram feitas dosagens sanguíneas de colesterol, HDL colesterol, triglicérides e VLDL.

O tratamento estatístico foi efetuado pelo teste t de Student, não pareado.

Foi detectado que o incremento de TFmáx = 8000 kgm eviidencia variações significativas (p<0,05): no colesterol de 215,44 mg/dl para 203,22 mg/dl; no HDL-colesterol de 46,33 mg/dl para 40,67 mg/dl; no triglicérides de 141,56 mg/dl para 114,58 mg/dl e no VLDL de 28,33 mg/dl para 22,89 mg/d.

Os incrementos de TFmáx inferiores a 8000 kgm não produziram variações significativas no PL.

Neste material demonstra-se que o TF em nível de 52 a 70 % da frequência cardíaca máxima, com assiduidade de 65%, durante 4 meses, proporcionando um aumento de Tfmáx de 8000 kgm é suficiente para se obter variações significativas no PL.