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Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia
TL 369
Contribuição do Teste de Esforço no diagnóstico diferencial entre alterações
secundárias da hipertensão arterial e alterações primárias da doença
aterosclerótica coronariana
João A. Mantovanini, Milton Godoy, Luiz C. Passaro, Regina F. T. Santana, Roberto
T. Muto, Ricardo Ayache, Radi Macruz
Centro de Estudos da Fitcor - SP
Na interpretação eletrocardiográfica (ECG) do Teste de esforço (TE), deparamos com
dificuldades no diagnóstico diferencial entre as modificações secundárias e primárias
da repolarização ventricular. Temos como objetivo investigar variáveis
eletrocardiográficas que possam contribuir nesta tarefa.
Foram analisados dois grupos de pacientes: Grupo A: 25 homens, idade 58±8,
selecionados pela cinecoronariografia com lesão > 70% em uma ou mais artérias, sem
infarto do miocárdio prévio. Grupo B: 48 homens portadores de hipertensão arterial leve
e moderada, idade 51±9, com ECG clássico normal e alterações do segmento ST e
da onda T durante o TE e normocaptação à cintigrafia miocárdica. Ambos
os grupos foram submetidos a protocolo de Ellestad em esteira rolante.
Analisou-se o ponto Y (ponto situado a 80 ms do ponto J no segmento ST
infradesnivelado) nos 1°, 2°, 3° e 4° estágios e nos 1°, 2°, 4° e 6° da fase de
recuperação do TE
Foram obtidos para o ponto Y nos 1°, 2°, 3° e 4° estágios e nos 1°, 2°,
4° e 6° minutos da fase de recuperação, respectivamente, para o Grupo A: -1,21±0,73;
-1,73±0,79; -2,0±0,9; -2,12±0,71 e -1,08±0,53; -0,89±0,71; -1,20±0,85; -1,13±0,85,
enquanto que no Grupo B: -0,45±0,77; -0,58±0,88; -0,96±1,16; -1,37±1,25 e
-0,58±0,79; -0,67±0,88; -0,69±0,79; -0,68±0,81.
O tratamento estatistico pelo teste t de Student, não pareado, mostrou valor
significativo (p<0,05) nos 1° (t=4,0), 2° (t=4,6), 3° (t=3,12) estágios e 1°
(t=2,75), 4° (t=2,48) e 6° (t=2,77) minutos da fase de recuperação.
O comportamento da curva do ponto Y, durante o TE, associado ao aspecto
morfológico do segmento ST, pode proporcionar ao clínico, dados importantes no
diagnóstico diferencial entre as alterações primárias e secundárias da
repolarização ventricular.
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