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Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia
TL 370
O Teste de Esforço no diagnóstico diferencial entre as alterações do segmento ST da
hipertensão arterial sistêmica e da insuficiência coronária não obstrutiva
Luiz C. Passaro, Milton Godoy, João A. Mantovanini, Regina F. T. Santana, Mara O.
R. Souza, Mariza C. Salvatierra, Valéria B. Carvalho
Centro de Estudos da Fitcor - SP
Avaliar a possibilidade da contribuição do eletrocardiograma do teste de esforço
(TE) no diagnóstico diferencial entre as alterações secundárias da hipertensão
arterial sistêmica (HAS) e as alterações primárias na insuficiência coronária
não obstrutiva (ICNO). Em ambos os casos os seus valores são significativamente maiores
que os observados em população hígida e sedentária.
Submeteram-se a TE, máximo em esteira rolante, protocolo de Ellestad, dois grupos de
homens: Grupo A- n 48, idade 51±9 , portadores de HAS leve e moderada com ECG
clássico normal, sem medicação que apresentaram normocaptação à cintigrafia
miocárdica com MIBI. Grupo B- n 19, idade 48±10, portadores de tortuosidade coronária
à cinecoronariografia com alterações da repolarização ventricular ao ECG clássico .
A variável do ECG estudada foi o ponto Y (ponto situado a 80 ms do ponto J, no
segmento ST infradesnivelado). Esta variável foi medida nos 1°, 2°, 3° e 4°
estágios do TE e nos 1°, 2°e 4° minutos da fase de recuperação.
Os valores observados para o ponto Y foram, respectivamente: Grupo A:
-0,45±0,77; -0,58±0,88; -0,96±1,1; -1,37±1,25; -0,58±0,78; -0,67±0,88; -0,69±0,79.
Grupo B: -0,67±0,56; -1,0±0,70; -1,0±0,70; -1,4±1,0; -050±0,70; -0,42±0,57;
-0,88±0,80.
O tratamento estatístico pelo teste t de Student, não pareado, apontou para os
valores de t, respectivamente: 0,54; 1,8; 0,14; 0,09 durante o exercício e 0,38; 1,14;
0,87 na fase de recuperação.
Os achados demonstram a dificuldade da contribuição do TE no diagnóstico
diferencial entre as alterações secundárias da HAS e as alterações primárias na
ICNO, podendo justificar, no momento, a classificação de teste intermediário que
poderia ser destacado contida no grupo "borderline" de classificação da A.H.A.
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