Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

 

TL 377

O que Mudou na Prescrição dos Antagonistas do Cálcio após um Infarto Agudo do Miocárdio. Experiência Brasileira nos Grandes Trials.

João M. Rossi em nome dos Investigadores Brasileiros. São Paulo. S.P.

Centro Coordenador Brasileiro. São Paulo. S.P.

 

Fundamento: a publicação do grupo GISSI (Am J Cardiol 1996; 78: 153-57) na prescrição dos antagonista do cálcio (AC) após o infarto agudo do miocárdio (IAM), mostrou uma redução ao longo do tempo, afetada pelos resultados publicados pelos grandes estudos multicêntricos.

Objetivo: avaliar se no Brasil, a terapêutica baseada em evidências, mostrada pelos trials, também influenciou a utilização de AC no IAM.

Delineamento e material: foram analisados retrospectivamente 4 grandes estudos multicentricos no Brasil, os pacientes que sobreviveram ao IAM e receberam AC na alta hospitalar.

Resultados: a tabela mostra as principais características e resultados:

    EMERAS ECLA CORE COBALT
Ano   1989 1991 1994 1995
Desenho   Aberto Dup-cego Aberto Aberto
Tratamento   SK / PL SK+ Rid/AAS RhRx/Cont rtPA

Inf / DB

Inclusão   6 - 24 hs < 6 hs < 12 hs < 6 hs
Pacientes (n)   1271 224 374 225
AC alta hos %   646(51%)* 87(39%)* 68(18%) 50(22%)
Sexo % M / F 52/47 42/29 19/17 23/18
Idade (anos) % <70/>70 52/44 41/0 18/8 24/13
HAS % S / N 56/47 36/43 19/17 20/27
Angina pré % S / N 57/50 33/43 18/18 18/25
IAM pré % S / N 49/51 31/39 27/17 26/22
Local IAM % Ant/Out 50/52 43/38 11/22 23/21
Reinfarto % S / N 2/1 36/39 29/18 0/22
Killip > 1 % S / N 4/10 13/42 8/20 12/24
Bbloq. alta % S / N 41/53 46/39 16/21 15/34

* p<0.001 entre grupos; Rid=Ridogrel; RhRx=RheothRx; Cont=Controle

Conclusão: esta análise mostra uma redução significativa no uso em nosso meio dos AC no IAM, provavelmente influenciada pelos conhecimentos recentemente adquiridos, acompanhando uma tendência internacional.