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Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia
TL 379
Ventriculografia Radioisotópica Associada à Dobutamina na Detecção de Viabilidade
Miocárdica Pós Trombólise.
Augusto Bottega, Fausto H Hironaka, Jose Soares Jr, William A Chalela, David
Pamplona, Jose C Meneghetti.
Instituto do Coração - FMUSP/H. Beneficência Portuguesa - São Paulo - SP
Para avaliar a eficácia da ventriculografia radioisotópica (VR) associada à
dobutamina (DB) em prever a melhora funcional de regiões infartadas após terapia
trombolítica (TT), estudamos 29 pacientes (pts) com infarto agudo do miocárdio (IAM)
tratados com trombolítico, em classe funcional I (NYHA), 3 a 10 dias após o evento. A VR
foi realizada em repouso e durante a infusão de DB na dose de 10 m
g/Kg/min e repetida, em repouso, após 3 meses.
Dez pts apresentaram aumento da fração de ejeção da área infartada (FAI) durante a
infusão de DB (Grupo I) enquanto, em 19, não se evidenciou aumento da fração de
ejeção regional (Grupo II). Após 3 meses, a VR em repouso mostrou aumento da FAI em 8
dos 10 pts do Grupo I (Sensibilidade = 72,7%) e não apresentou incremento significativo
em 16 pts do Grupo II (Especificidade = 88,8%). A tabela abaixo mostra o aumento da FAI (D FAI) durante infusão de DB e após 3 meses:
GRUPO |
FAI BASAL |
D FAI 10 m
g (DB) |
D FAI 3 M |
G I |
0,33± 0,11*
|
0,07± 0,06*
* |
0,12± 0,14*
* |
G II |
0,34± 0,12 *
pNS vs G2 |
0,01± 0,04 *
* p<.05 vs G2 |
0,01± 0,13 |
A resposta da fração de ejeção de áreas infartadas durante a infusão de DB em
baixas doses (10 m g/Kg/min), realizada precocemente após TT,
apresentou alta correlação com a função miocárdica regional tardia (82,7%).
A VR associada à DB identifica viabilidade miocárdica após trombólise de maneira
eficaz. Desde que a performance cardíaca é um importante determinante de prognóstico em
pts com IAM, a VR com DB pode ser útil na avaliação do sucesso da TT e auxiliar na
determinação da estratégia terapêutica a ser instituída.
Apoio FAPESP (Proc. no. 94/4010-8)
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