Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia
TL 381
Resposta Inflamatória na Angina Instável e Angioplastia Coronária
Carlos V. Serrano Jr., Roberto R. Giraldez, José A. F. Ramires, Margareth
Venturinelli, Siguemituso Ariê, Protasio L. da Luz
Instituto do Coração - HCFMUSP e FPS - Hemocentro de São Paulo, SP
Objetivo. Caracterizar o processo inflamatório presente na angina instável (AI) e
na angioplastia coronária (AC) síndromes clínicas distintas com rotura de placa
aterosclerótica.
Material e Métodos. Mediu-se as expressões de moléculas de adesão de plaquetas
GPIIb/IIIa; neutrófilos (PMNs) CD18, CD11b, L-seletina; e, monócitos
CD14 após interação com lesões ativas de pacientes (pts) com angina
estável submetidos a AC e de pts com AI. Estas medidas foram feitas através de
imunofluorescência indireta e citometria de fluxo. A produção neutrofílica de
superóxido (SO) após estímulo ex vivo com forbol ester e sequestro de PMNs na
circulação coronária também foram medidas. Amostras sangüíneas foram colhidas da
aorta (Ao) e do seio coronário (SC) antes e 15 min após AC (n=13) e nas primeiras 48
horas de AI (n=18).
Resultados. A AC induziu aumento marcante da expressão de GPIIb/IIIa, CD18, CD11b,
e CD14 concomitante a queda de expressão de L-seletina e redução de produção de SO.
Pts com AI apresentaram apenas diminuições discretas tanto da expressão de L-seletina
como da produção de SO indicando ativação celular leve (tabela). Entretanto, a
redução significativa da contagem de PMNs entre o SC e a Ao foi apenas observada nos pts
com AI. (91±3% vs 95±9% pós-AC). Dados em alterações % SC/Ao:
p£ *0,05, 0,001, 0,04.
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GP |
CD18 |
CD11b |
L-sel |
CD14 |
SO |
Pré-AC |
94±5 |
103±3 |
105±8 |
94±5 |
102±7 |
103±5 |
Pós-AC |
142±14* |
188±12* |
163±16* |
30±8* |
157±12* |
54±9 |
AI |
82±8 |
99±9 |
121±15 |
79±5 |
96±7 |
77±9* |
Conclusão. As respostas reduzidas da geração neutrofílica de SO podem ser por
ativação in vivo prévia. Deste modo, a magnitude da ativação celular depende
da síndrome clínica adjacente que, por sua vez, pode ser modulada pela extensão da
lesão vascular e forças de estresse.
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