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Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia
TL 383
Projeto Dor Torácica: O Valor Prognóstico da Troponina T e da Mioglobina nos
Pacientes com Angina Instável
André Volschan, Roberto Gamarski, Humberto
Villacorta, Marcelo Scofano, Evandro T.
Mesquita, Roberto Bassan, em nome dos Investigadores do Projeto Dor Torácica
Unidade de Emergência - Hospital Pró-Cardíaco - Rio de Janeiro - RJ
Fundamentos: A angina instável (AI) se constitui numa síndrome clínica da
doença coronária onde estão agrupados diferentes formas de apresentação de
insuficiência coronariana aguda (ICA). Hoje sabemos que podemos classificar a AI em
sub-grupos de baixo e alto risco. Recentes marcadores de "micro-necrose", como
troponina T e I, estão sendo utilizadas para caracterizar um grupo de alto risco na AI. Objetivos:
Avaliar o comportamento enzimático da mioglobina e troponina T em pacientes (pts) com
angina instável admitidos na Sala de Emergência (SE) e correlacionar com a evolução
hospitalar. Métodos: Estudo prospectivo de 136 pts consecutivos que foram
admitidos na SE com dor torácica. Destes, 30 pts foram diagnosticados como AI por
critérios clínicos: angina de início recente, ou dor > 20 minutos, ou dor
recorrente, ou dor progressiva, associada ou não a alterações no ECG, na ausência de
curva enzimática (CK-MB) de infarto agudo do miocárdio (IAM). Resultados: A
troponina T foi determinada na admissão (método não quantitativo) em 19 pts (63%) (13
pts tiveram uma segunda dosagem após 6 h) sendo positiva em 3 (16%). Um destes pts
poderia ser falso positivo por ter insuficiência renal. Nos outros dois, apenas um
apresentou evento intra-hospitalar (angioplastia coronária de emergência), sendo o
único evento nesta população de AI. A mioglobina foi avaliada quantitativamente em 25
pts (83%) na admissão e a cada 3h até a 9ªh, sendo positiva em 5 pts (20%). Em 2 destes
pts, haviam causas para falsa positividade (choque e insuficiência renal). Conclusões:
1) A utilização de marcadores protêicos na AI abre novos horizontes na
avaliação e determinação do risco destes pacientes. 2) Este estudo demonstrou que
cerca de 1/5 dos pts com AI apresentam positividade destes marcadores que podem estar
relacionados com eventos hospitalares ou causas de falso-positividade. 3) Estas proteínas
podem representar marcadores mais sensíveis de necrose miocárdica que a CK-MB.
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