Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

TL 389

Evandro Tinoco Mesquita, Marcelo Scofano Diniz, André Volschan , Álvaro Vilella, Fernando A. Morceff e Roberto Bassan, em nome dos Investigadores do Projeto Dor Torácica

Unidade de Emergência - Pró-Cardíaco - Rio de Janeiro - RJ

Fundamento: As Unidades de Dor Torácica foram criadas, dentro das Emergências, objetivando adequada triagem diagnóstica das síndromes isquêmicas miocárdicas agudas (SIA). O papel do ecocardiograma (ECO) nas SIA como elemento de tomada de decisão ainda não foi adequadamente estabelecido. Delineamento: Estudo prospectivo da análise das características operacionais do ECO nas SIA. Objetivos: Avaliar o ECO na tomada de decisão na SIA. Casuística e Métodos: Utilizando um protocolo de abordagem diagnóstica de dor torácica (DT), avaliamos 80 pts consecutivos com história de DT < 12h. Foram submetidos à avaliação clínica, eletrocardiogramas (ECG) seriados, ECO e curva enzimática. Os pts foram classificados durante evolução como: IAM (padrão enzimático), angina instável (AI; DT anginosa, sem padrão de CK-MB para IAM) e DT não relacionada a SIA (dor não anginosa, ECG normal, enzimas normais). O Eco foi considerado positivo na presença de disfunção segmentar ou global do VE na ausência de história prévia de IAM. Resultados: IAM ( 19 pts, 60,3 ± 12,3 anos ), Angina instável (24 pts, 68,2 ± 15,2 anos ) e dor não relacionada a SAI ( 37 pts, 49,0 ± 16,0 anos).

Conclusão: A utilização do ECO na Sala de Emergência, na tomada de decisão quando há suspeita de IAM, é de grande valor pela sua elevada acurácia (83 %) e alto valor preditivo negativo ( 90% ). Na AI, o ECO não contribui para definir a estratégia, apresentando valores intermediários, provavelmente pelo menor grau da isquemia miocárdica, não provocando alteração de contratilidade global e segmentar.