Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia
TL 412
Operação de Ross: A cirurgia ideal para pacientes aórticos jovens ?
Francisco Affonso da Costa, Rodrigo Milani, Décio Abuchaim, Robertson Ito,
Rogério Gaspar, Rita Pinton, Hermínio Haggi Filho, Djalma Faraco, Fábio Sallum, Iseu
Affonso da Costa.
Santa Casa de Misericórdia de Curitiba - PR
Material e Método:
De maio/95 a janeiro /97, 42 pacientes com idade média de 26,4 anos foram submetidos a
operação de Ross. Em 41 utilizou-se a técnica de substituição total da raiz aórtica.
A reconstrução da via de saída de ventr;iculo direito foi feita com homoenxerto
aórtico e pulmonares. Em todos os pacientes realizaram-se ecocardigrama bidimensional com
Doppler e cateterismo cardíaco, antes da alta hospitalat, para avaliação criteriosa da
função ventricular e do desempenho hemodinamico dos enxertos.
Para avaliação tardia, realizaram-se ecocardiograma bidimensional com Doppler a cada
6 meses e teste de esforço e ecocardiografia de stress com pacientes acima de 9 meses PO.
Resultados: A mortalidade hospitalar foi de 6% ( 3/40 ). Os demais pacientes
tiveram alta hospitalar em ritmo sinusal e sem sopro diastólico de insuficiência
aórtica. O desempenho hemodinâmico dos autoenxertos foi excelente. Trinta e três
pacientes apresentaram autoenxertos competentes ou com insuficiência aórtica leve. Os
gradientes observados nos homoenxertos também foram baixos, e apenas dois apresentaram
insuficiência leve.
Houve significativa redução das dimensões sistólicas e do diastólicas e da massa
ventricular esquerda que atingiram valores normais entre o 6°
e 12° mês pós-operatório.
Houve um óbito tardio. Os demais pacientes encontraram-se em classe funcional I ou II,
sem nenhuma complicação ( trombo-embolismo, endocardite, disfunção valvar ) após
seguimento médio de 12 meses.
Os estudos ecocardiográficos terdios demostraram a manutenção dos baixos gradientes
e ausência de progressão de insuficiência aórtica.
O eco de stress e o teste de esforço demostraram ser excelentes a capacidade funcional
dos pacientes e o desempenho dos autoenxertos, em exercício.
Conclusões: A operação de Ross apresenta ótimo resultado imediato e de médio
prazo. Os autoenxertos pulmonares mostram desempenho hemodinâmico superior e qualquer
tipo de substituto valvar e a capacidade funcinal dos pacientes é excelente. Julgamos ser
a operação de escolha para apcientes aórticos jovens.
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