Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

 

TL 422

Fatores determinantes do tempo de ventilação mecânica em pós-operatório de revascularização miocárdica.

Luiz Osório, Julio C L Fonseca, José A M Páramo, Dora Mannarino, Ricardo Eiras, Leonardo A Lins Jr, Francisco J Nascimento.

Prontocor (Tijuca) - URPO - Rio de Janeiro - RJ.

 

Objetivos: Avaliar os fatores que aumentam o tempo de ventilação mecânica em pós-operatório de revascularização miocárdica com circulação extra-corpórea (CEC).

Pacientes e métodos: Foram avaliados 112 pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica com CEC, sendo analisado os fatores relacionados ao pré-operatório, per-operatório, e pós-operatório. No pré-operatório foi analisado a associação com outras doenças, tais como: doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC); obesidade (20% acima do peso ideal); e diabetes mellitus (DM). E com relação ao per e pós-operatório, foi analisado o tempo de CEC, o uso de um ou mais tipos de amina vasoativa, e o uso de balão intra-aórtico (BIA). Foi avaliado o tempo médio de ventilação mecânica de todos os pacientes, sendo considerado como ventilação mecânica prolongada quando tempo (T) superior a 6 horas.

Resultados: Entre os fatores pré-operatórios analisados: 88% dos pacientes com DPOC, 50% dos pacientes com obesidade, e apenas 15% dos pacientes com DM apresentavam T maior que 6 horas. Quando analisado os fatores per e pós-operatórios, 60% dos pacientes que utilizaram um tipo de amina vasoativa, 76% dos pacientes que utilizaram BIA, 90% dos pacientes que necessitaram de dois ou mais tipos de amina vasoativa, e 96% dos pacientes com tempo de CEC superior a 3 horas, apresentaram T maior que 6 horas. O tempo médio de ventilação mecânica em todos os pacientes foi de 7,2 horas.

Conclusão: Nesta série de pacientes, os fatores determinantes do tempo de ventilação mecânica prolongada são: DPOC, tempo de CEC superior a 3 horas e instabilidade hemodinâmica.