Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia
TL 423
Cirurgia de revascularizacão miocardica em portadores de transplante renal .
Evolução pós-operatória e seguimento a longo prazo .
Jairo Rays;Whady Hueb;Paulo Soares;Giovani Belotti;Adib Jatene;Fulvio Pileggi .
INCOR-FMUSP .São Paulo-Brasil
Pacientes submetidos a transplante renal(TR) tem maior prevalência de doença arterial
coronariana(DAC) devido a um processo de aterosclerose acelerado , seja pela doença de
base ou pelas drogas imunosupressoras. A maior expectativa de sobrevida destes pacientes
resulta num numero maior de doentes com DAC multiarterial que podem necessitar de
revascularizacão do miocardio(RM).
Objetivos:Avaliar o risco da cirurgia de RM e sua evolução a longo prazo em
pacientes com TR .
Métodos:Foram estudados 18 pacientes consecutivos com haloenxertos renais ,com idade
média de 50.1 anos(34 a 60 anos); e 13 do sexo masculino .O intervalo médio entre o TR e
a RM foi de 8.6 anos(1 a 20 anos). Todos os pacientes com doença multiarterial , sendo
que 13 pacientes tinham angina estável ,4 angina instável e 1 paciente foi operado após
insucesso em angioplastia.
Resultados:Houve 1 óbito intra hospitalar por mediastinite(5.5%),1 óbito por
embolia pulmonar 6 dias após a alta e 2 óbitos tardios , um por neoplasia e outro por
AVC . 3 pacientes apresentaram infeccão pós-operatória(16.6%) ,sendo uma mediastinite e
os outros tiveram furunculose e pneumonia .Houve um infarto do miocardio(IM)
perioperatório(5.5%). A alta foi , em média ,13.2 dias após a cirurgia(6 a 36 dias). O
acompanhamento tardio é ,em média, de 43.5 meses(6 a 84 meses). 9 pacientes estão
oligosintomáticos enquanto um apresenta câncer cervical. 2 pacientes foram submetidos a
novo TR 2 e 3 anos após a RM, sem intercorrencias .Um paciente teve um IM 7 anos após a
RM e outro foi tratado com angioplastia de dois vasos com sucesso.
Conclusão: A RM é um procedimento seguro em pacientes com TR , apresentando
baixas taxas de complicações cirúrgicas e uma boa evolução a longo prazo .
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