Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia
TL 425
Cirurgia de Revascularização do Miocárdio Minimamente Invasiva. Resultados com o Uso
da Videotoracoscopia e do Estabilizador de Sutura
Fabio B. Jatene, Paulo M. Pêgo-Fernandes, Renato Assad, Luiz Dallan, Wady Hueb,
Hector Van Dyck Arbulu, André Hayata, Noedir Stolf, Sérgio A. Oliveira, Adib D. Jatene
Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP, São Paulo, SP
Fundamento: A cirurgia de revascularização do miocárdio minimamente invasiva
(CRMMI) vem tendo grande aceitação em vários centros e vem incorporando avanços
técnicos crescentes.
Objetivo: Analisar os nossos resultados com a CRMMI, especialmente com a
utilização da videotoracoscopia (VDT) e do estabilizador de sutura (ES).
Delineamento: Trata-se de um estudo prospectivo.
Material: Foram operados 45 pacientes(pts), sendo 33 do sexo masculino, com idades
variando de 31 a 83 anos (média de 61,6), portadores de lesão isolada em artéria
descendente anterior (DA) acima de 80%.
Métodos: A minitoracotomia anterior, com 8cm de extensão, foi realizada no quarto
espaço intercostal. Através dessa incisão foi colocada a ótica da VDT e os
instrumentos cirúrgicos para dissecção da artéria mamária interna esquerda (AMIE) e
posterior anastomose à DA. Não foi utilizada circulação extracorpórea, a frequência
cardíaca foi diminuída com o uso de betabloqueador endovenoso e foi feita
administração de heparina. A redução da movimentação cardíaca foi feita o uso de
ES, dispositivo metálico, acoplado ao afastador, que é aplicado à parede anterior do
coração. Este dispositivo cria condições para uma anastomose mais segura por reduzir a
movimentação do coração, no local da sutura.
Resultados: Todos os pts apresentaram boa evolução pós-operatória, sem
alterações isquêmicas estando em condições de alta hospitalar entre 48 e 72hs após a
realização da operação, com patência da anastomose comprovada por cateterismo em 25
pts. Os pts estão assintomáticos com seguimento médio de 8 meses após a operação.
Conclusões: A CRMMI mostrou-se ser uma alternativa para determinado grupo de pts
com insuficiência coronária. Torna possível a operação com melhor estética, menor
custo e possibilita uma recuperação mais rápida do que a operação convencional. A VDT
e o ES são avanços que buscam trazer maior apoio técnico ao procedimento.
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