Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia
TL 427
Revascularização Miocárdica Minimamente Invasiva
- Uma Nova Opção Cirúrgica
Denilson C Albuquerque, Lilian V Carestiato, Mônica L Gonçalves, Waldir Jazbik,
Márcia B Castier, José R Poubel, João C Jazbik, Joaquim H Coutinho
Hospital Universitário Pedro Ernesto - Serviços Cardiologia/ Cirurgia Cardíaca UERJ
- Rio de Janeiro
Fundamento: A Revascularização Miocárdica através da Minitoracotomia sem
circulação extra-corpórea tem sido uma opção cirúrgica realizada nos últimos anos
na tentativa de proporcionar aos pacientes coronariopatas uma abordagem menos invasiva.
Objetivo: Demonstrar eficácia da nova técnica cirúrgica com bons resultados
clínicos.
Delineamento: Estudo prospectivo
Pacientes: 36 pacientes com insuficiência coronariana e indicação cirúrgica
foram submetidos a minitoracotomia esquerda sem CEC, com ponte única de mamária esquerda
para artéria descendente anterior, no período de 11/95 a 02/97. Deste grupo foram
avaliados 22 pacientes (61%) no nosso ambulatório por um período de 1 mês até 16
meses. A faixa etária variou de 36 a 76 anos (57,6 anos) com predomíno do sexo masculino
(81,8%).
Resultados: Dentre os fatores de riscos foram detectados: Hip. Art. 13 (59%); Hist.
Familiar para DAC 13 (59%); Tabagismo 11 (50%); Dislipidemia 7 (31,8%) e Diabetes 4
(18,1%). 36,3% tinham IAM prévio. Houveram apenas duas complicações. 1 paciente (4,5%)
com IAM (infero-lateral) no pós-operatório e 1 paciente (4,5%) com FA, no 2° dia de
pós-operatório. Não houve óbitos. O tempo de permanência na UTI - pós-operatório
foi de 48 horas com exceção do paciente que apresentou IAM. O "follow-up"
incluiu avaliação clínica, ecocardiográfica e ergométrica. 86,3% encontravam-se
assintomáticos. Da análise ecocardiográfica 81,8% apresentavam função sistólica de
VE preservada. Com relação ao estudo ergométrico, 27,2% apresentavam TE.+ para isquemia
esforço induzido, sendo encaminhados a novo estudo angiográfico.
Conclusão: Os resultados iniciais com a revascularização miocárdica, através
da minitoracotomia esquerda, destacam esta técnica como uma boa opção cirúrgica de
caráter pouco invasivo para os portadores de lesão DA e/ou DG. Ressaltamos ainda menor
índice de complicações, menor tempo de internação, custo hospitalar e excelente
resultado estético.
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