Temas Livres do LIII Congresso Brasileiro de Cardiologia

 

TL 444

Variação do desnível do segmento ST após trombolítico: Influência na Função Ventricular

Marcos Knobel, Marco André M. Sales, Darluce Azevedo, Ana Lucia M. Arruda, José A.M. Souza, Braulio Luna Filho, Rui Póvoa, Edson Stefanini, Antonio C. Carvalho, Eulógio E. Martinez

Escola Paulista de Medicina - UNIFESP - São Paulo, Brasil.

 

Objetivos: Comparar o grau de perfusão coronariana (TIMI) e a fração de ejeção (FE) nos pacientes com re-elevação e diminuição do supradesnivelamento do segmento ST após o uso de trombolítico.

Material e Métodos: Foram estudados 290 pacientes que receberam trombolítico (estreptoquinase) dos quais 138 tiveram a FE avaliada pela cineangiografia e uma análise do grau de perfusão (TIMI) da artéria relacionada ao infarto além de análise eletrocardiográfica do comportamento do segmento ST nos traçados imediatamente antes e após o trombolítico. Os pacientes foram divididos nos seguintes grupos:

# Grupo A1 (12 pt) re-elevação do supra de ST e TIMI 0-1

# Grupo A2 (19 pt) re-elevação do supra de ST e TIMI 2-3

# Grupo B1 (30 pt) diminuição do supra de ST e TIMI 0-1

# Grupo B2 (77 pt) diminuição do supra de ST e TIMI 2-3

Resultados: As médias de FE dos diferentes grupos foram: A1 = 43%; A2 = 62%; B1 = 52% e B2 = 67%. Não houve diferença significativa entre os grupos A1 e B1 e A2 e B2, porém há diferença estatisticamente significativa entre os grupos A1 e A2 e B1 e B2 - p < 0,001.

Conclusões: 1. Os pacientes com a re-elevação do supra de ST não tiveram fração de ejeção significativamente menor que os pacientes com diminuição do segmento ST, quando comparados os respectivos TIMI.

2. Houve nítida e significante separação, porém, nas frações de ejeção de cada grupo (ST elevado ou diminuído) quando se comparam os grupos TIMI 0-1 x TIMI 2-3.

3. Portanto a função ventricular representada pela FE esteve relacionada ao TIMI da artéria responsável pelo infarto, independente da variação do desnível do segmento ST.