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Discurso da Seção de Abertura do LV Congresso

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Presidente da Comissão Científica PermanentePresidente da Comissão Científica Permanente da SBC
Dr. José Carlos Nicolau

Saudações......

A cada novo Congresso da SBC, novos desafios são vencidos. Entretanto, este que ora se inicia representa, de maneira ímpar, a capacidade de organização da nossa Sociedade. Entre outros, poderíamos recordar que esta Diretoria assumiu "de fato" em outubro de 1999, já com a incumbência de realizar um Congresso que ocorreria praticamente dois meses antes da data costumeira, o que significava pouco mais de 8 meses para organizar uma programação científica das mais complexas.

O primeiro passo foi o da formação da Comissão Executiva da Programação Científica, a partir de regulamentação aprovada pela Diretoria e que, provavelmente, passará a fazer parte dos nossos Estatutos.

Instalada esta Comissão, sua primeira ação foi a de atualizar a grade do Congresso. O ponto principal, nesta atualização, foi a supressão dos cursos no domingo com conseqüente introdução das "Atualizações Curriculares", desenvolvidas de domingo a 4a feira. Com isto, houve toda uma adequação das outras atividades científicas, de tal sorte que o Congresso passou a ser desenvolvido de maneira mais uniforme.

O próximo passo foi o de solicitar aos Presidentes dos Departamentos e Comitês, portanto membros da Comissão Científica Permanente, sugestões de temas e nomes. Estas sugestões deveriam preencher 70 a 80% do programa final, como de fato ocorreu, ficando o restante por conta da CEPC. Neste espaço foram incluídos diversos tópicos não contemplados pelos Departamentos e Comitês, como mesas de erro médico, computação, vasculopatia periférica, para citar apenas alguns exemplos. Ao mesmo tempo, foi solicitado aos Presidentes das Regionais sugestões de nomes, com suas respectivas áreas de interesse. Ao final, montou-se um banco de dados com quase 1500 colegas, todos de altíssimo nível, dos quais foram aproveitados, neste Congresso, apenas 503, face à limitação de espaço. Importante recordar que, além destes convidados nacionais, 28 estrangeiros, dos mais destacados em suas áreas em todo o mundo, aqui estarão para dividir conosco suas experiências. Quero desde já deixar o meu muito obrigado a todos os presidentes de Regionais, Departamentos e Comitês, pelo absoluto profissionalismo com que se conduziram, principalmente no que se refere ao exíguo tempo que dispuseram para enviar-nos suas sugestões. Posso afiançar-lhes que, ao contrário de muitos, eu nunca tive dúvidas de que tal ocorreria. Ao mesmo tempo, gostaria de convocar a todos para que, independentemente de qualquer convite formal, participem com suas experiências nas diversas atividades a serem desenvolvidas, já que houve uma preocupação especial no sentido de propiciar-se o maior intercâmbio científico possível entre todos os participantes do Congresso.

Por conta da colaboração anteriormente referida, foi possível divulgar, já em fevereiro, a primeira versão da Programação Científica. Na sequência, com praticamente dois meses de antecedência do Evento postou-se a programação que poderíamos chamar de semi-final, já que nela constava não apenas o temário, mas também os nomes dos palestrantes e diversas outras informações. Não me recordo de tal fato ter ocorrido em versões anteriores do nosso Congresso, e posso lhes adiantar que muito pouco foi alterado na programação científica final que aqui os senhores estão recebendo. São 148 atividades científicas as mais variadas, além de 48 sessões de temas-livres, que justificam o título de 4o maior congresso do mundo na especialidade! Entretanto, talvez mais importante do que o cronograma cumprido, ou a quantidade de atividades a serem desenvolvidas, está a qualidade científica alcançada. Não tenho dúvidas de que somente o esforço conjunto de toda uma coletividade leva a resultados de tal magnitude.

Outro cuidado que tiveram os organizadores, foi no sentido de que nenhum convidado tivesse mais de duas participações, excluindo-se aqui coordenação de mesa de tema livre, presidência de conferência e participação em simpósio satélite. Além disso, atenção especial foi dada para que cada estado fosse representado de acordo com critérios pré-estabelecidos.

Uma palavra sobre os temas-livres: cada um deles, sem qualquer identificação, foi analisado por um grupo de quatro colegas, dentre os 180 integrantes da Comissão Nacional Julgadora de Temas-livres, e recebeu notas em 4 diferentes quesitos. Portanto, foram 16 avaliações para cada trabalho. Ao final, foram selecionados 384 para apresentação durante o congresso, numa proporção de aproximadamente 2:1 entre recebidos e selecionados. Do total, os 20 melhores posicionados na classificação geral estão concorrendo a três prêmios correspondentes aos melhores trabalhos do Congresso, os quais serão publicados na íntegra pelos Arquivos Brasileiros de Cardiologia. O julgamento dos mesmos está sendo desenvolvido por uma Comissão criada especialmente para esta tarefa, coordenada pelo Dr. José Antonio F. Ramires. Importante salientar que, para o primeiro colocado, será outorgado um diploma correspondente ao Prêmio Centenário Dante Pazzanese, numa justa homenagem a um dos fundadores da SBC, que neste ano estaria completanto 100 anos de vida. Além do diploma correspondente, cada um dos três melhores colocados receberá também prêmio em espécie, doação do FUNCOR através de verba específica recebida dos Laboratórios Biolab.

Ao finalizar, alguns agradecimentos se impõem. Obviamente, face à exiguidade do tempo, seria impossível agradecer a todos, pessoas e entidades, que contribuíram para esta Programação Científica que aí está. Entretanto, mesmo correndo o risco de omissões, que certamente ocorrerão, gostaria de agradecer, além de às Regionais, Departamentos e Comitês já citados anteriormente, aos seguintes: na pessoa da sra. Eva Lima, à Central de Eventos da SBC, que nasceu de uma necessidade imperiosa da nossa Sociedade em busca de um profissionalismo indispensável e que, a cada ano, mais e mais se enquadra dentro do espírito que levou à sua criação; aos nossos patrocinadores, especificamente no caso da Programação Científica àqueles que participaram no suporte aos palestrantes e nos prêmios aos temas-livres, e àqueles que estão nos brindando com Simpósios Satélites do mais alto nível; aos Diretores da SBC, que de maneira fraterna e, ao mesmo tempo, absolutamente profissional e competente deram, entre outros, todo o apoio necessário ao encaminhamento das normatizações propostas; a todos os que trabalharam nos diversos Fóruns, sem dúvida um setor que vem crescendo dentro dos Congressos da SBC; aos Drs. Anis Rassi Jr., Ari Timerman, Augusto Bozza, Francisco Albanesi, Hans Dohmann, Rubens Darwich, membros da Comissão Executiva da Programação Científica; finalmente, meu obrigado especial aos Drs. Denilson Campos de Albuquerque e Gilson Soares Feitosa, principalmente pelo espírito de união que demonstraram desde o início desta nossa caminhada, e que levou o grupo a desenvolver um Congresso que, seguramente, servirá de exemplo para os que se seguirão.

Muito obrigado.