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Congresso da SBC registrou 900 trabalhos científicos apresentados

 

Trabalhos científicos sobre doença coronariana, cirurgia, válvulas, angioplastia, marca-passos, cardiopatias congênitas, hipertensão, medicina nuclear, epidemiologia, mortalidade em relação ao tempo de atendimento de um infarto, vários trabalhos com novos enfoques sobre arritmias e até ecocardiograma fetal para detectar problemas cardíacos antes do nascimento, acabam de ser selecionados pela Comissão científica do LV Congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia, que se realiza de 30 de julho a 2 de agosto, na cidade do Rio de Janeiro.

"No total recebemos 900 trabalhos para serem analisados, um número recorde, que retrata bem o desenvolvimento da cardiologia brasileira", diz o presidente da Comissão, José Carlos Nicolau. Juntamente com mais sete cardiologistas, Nicolau selecionou os melhores 374, que serão efetivamente apresentados durante o certame.

INFARTO E MORTALIDADE

Para os especialistas, um dos temas principais dos trabalhos apresentados diz respeito à correlação entre o momento do infarto e a hora em que é atendido, pois as pesquisas mostram que a curva da mortalidade aumenta rapidamente, à medida em que o atendimento demora. "O ideal é que antes da sexta hora o paciente esteja num hospital já medicado com os trombolíticos, novos medicamentos que destroem o coágulo", explica o cardiologista Denilson Campos de Albuquerque, presidente do Congresso.

"É de extrema importância que o leigo brasileiro saiba o que fazer no caso de um evento cardíaco", complementa o presidente da SBC, Gilson Feitosa, e é por isso que a entidade tem investido tanto nos cursos como o BLS - Basic Life Suport, que ensina o leigo a fazer a respiração boca a boca e massagem cardíaca, mantendo a vida do paciente, nos momentos cruciais durante os quais o serviço de resgate ainda não teve tempo de chegar ao local do evento.

Segundo o médico, o aumento da expectativa de vida está levando mais brasileiros a chegarem à idade em que se concentram os problemas cardíacos e isso faz com que aumentem os problemas cardiovasculares, derrames, infartos agudos e insuficiência cardíaca, que já são 1,2 milhões por ano no Brasil. "Do total de pacientes vítimas dessas síndromes, 25% acabam falecendo, o que significa que temos 300 mil mortes por motivos cardiovasculares a cada ano", complementa o dr. Feitosa, "e o desafio da SBC é reduzir drasticamente essa perda de vidas, o que só será atingido através da prevenção".

É por esse motivo que o Congresso da SBC está investindo tanto na Feira da Qualidade de Vida e na divulgação das técnicas de suporte de vida e também na campanha para que locais como estádios de futebol, aeroportos e shopping-centers disponham de desfibriladores e de pessoal treinado para seu uso. "O resultado desse investimento se mede em economia de vidas", conclui o especialista.

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