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Notícias do LV congressoSBC On LineImpacto da genética no risco cardiovascular
Tendências futuras em investigação e tratamento da aterosclerose Além dos erros do metabolismo dos lipídios, já bem estudados, uma variedade de distúrbios genéticos claramente predispõem à aterosclerose. Em estudos onde outros fatores de risco foram controlados, a história familiar de doença arterial coronariana (DAC) demonstrou ser um importante fator de risco isolado para a mesma. Por exemplo, um estudo em parentes de 233 pacientes com DAC evidenciada por cinecoronariografia e 57 controles, após a estratificação pela idade, sexo, pressão arterial, colesterol total, tabagismo, diabetes e hipertrofia ventricular esquerda, demonstrou que os familiares dos pacientes portadores de DAC tinham risco significativamente maior que os familiares dos controles. Os resultados demonstraram um odds ratio de 2.0 a 3.9 para diversos objetivos finais relacionados à DAC. (JACC. 4:793, 1984). Se considerarmos a nossa incapacidade atual de modificar este fator de risco, e sabendo que as doenças relacionadas à aterosclerose são de longe a maior causa de morbimortalidade nos países desenvolvidos, é nítido que nenhum outro fator genético tem um efeito tão devastador sobre a humanidade nos dias de hoje. Casualmente, a nossa geração também presencia um dos maiores passos já dados no campo da genética humana. O Projeto Genoma Humano anunciou recentemente a conclusão do seqüenciamento do DNA. No entanto, ainda falta concluir a imensa tarefa de montagem e idenficação de aproximadamente 100 mil genes contidos no genoma humano. É provável que ainda tenhamos algumas décadas pela frente até que se conheçam as funções de cada gene e a estrutura de cada proteína que estes codificam. O mapeamento genético foi fruto de uma pesquisa do consórcio
internacional Projeto Genoma Humano (PGH), que reuniu centros
universitários de 18 países, inclusive do Brasil, e da empresa Celera Genopmics. Para
mapear o genoma humano, os dois grupos de cientistas tiveram que
decodificar um alfabeto de 3,1 bilhões de letras, as bases dos genes.
Elas definem as características das pessoas que vão desde a cor dos olhos a doenças.
Tudo fica registrado no DNA, que tem forma de uma escada em espiral. O
que os cientistas fizeram foi decifrar a seqüência de quatro substâncias químicas
adenina, timina, guanina e citosina, conhecidas por suas iniciais, A, T, G e C
em cada degrau do DNA. Genética - Ciência que trata da reprodução, herança, variação e do conjunto de fenômenos e problemas relativos à descendência. Cromossomo - Material hereditário cuja principal função é conservar, transmitir e expressar a informação genética que contém. A espécie humana tem 46 cromossomos (23 pares). Gene - Unidade física e funcional do material hereditário que determina uma característica do indivíduo e é transmitida de geração em geração. Os genes são compostos de DNA. DNA - Sigla em inglês para ácido desoxirribonucléico. É um complexo filamento de substâncias químicas, em forma de espiral, que, ordenadas de forma especial em cada ser, diferenciam um indivíduo de outro, como uma "marca registrada" genética que condiciona desde a cor dos olhos até a ocorrência de uma doença. Biotecnologia - Aplicação tecnológica que usa sistemas biológicos e organismos vivos ou seus derivados para criar ou alterar produtos ou processos em usos específicos. Seqüenciamento - Determinar a ordem exata de disposição das bases químicas ou nucleotídeos do DNA. Há 4 tipos de bases, ou "letras químicas": A (adenina), C (citosina), G (guanina) e T (timina). O homem tem cerca de 3 bilhões de pares de bases. Projeto Genoma Humano - Consórcio reunido para determinar a seqüência completa do DNA humano, envolvendo 16 laboratórios em 6 países.
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