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O uso de desbriladores automáticos e novos tipos de ondas
desfibrilatórias
O desfibrilador cardioversor implantável é uma terapia bem
estabelecida e altamente efetiva para pacientes que apresentaram morte súbita.
Entretanto, os resultados do estudo AVID sugerem que o benefício na mortalidade global
com o desfibrilador automático não era tão grande comparado com terapia farmacológica
amiodarona, mais ainda, não há vantagens com desfibrilador nos pacientes com função
ventricular normal ( FE > ou = 35%). Parece claro que desfibrilador automático reduz
mortalidade geral em pacientes com doença cardíaca avançada e com disfunção severa do
ventrículo esquerdo (FE < 20%). O desfibrilador automático é claramente a terapia de
primeira linha para pacientes que tiveram morte súbita com função ventricular
moderadamente deprimida, mas insuficiência cardíaca ainda não manifesta. Em pacientes
com disfunção do ventrículo esquerdo e insuficiência cardíaca manifesta, o
desfibrilador automático com implante pôr outra via (não pôr toracotomia), tem feito
desta tecnologia uma conduta atrativa. Pôr outro lado, o impacto da insuficiência
cardíaca progressiva na sobrevida deveria ser considerado antes de recomendar
desfibrilador. Se é possível terapia farmacológica, particularmente amiodarona, ser
tão efetiva quanto o desfibrilador automático para reduzir mortalidade em pacientes com
fração de ejeção do ventrículo esquerdo severamente reduzida, como sugere subgrupos
do estudo AVID, esta deveria ser preferida. Drogas antiarrítmicas podem ser necessárias
nos pacientes que usaram desfibrilador como terapia de primeira linha. Quando
antiarrítmico for associado, o desfibrilador deveria ser testado para checar suas
propriedades de reconhecer e terminar arritmia.
Há um grande consenso que o uso de desfibrilador automático é custo
efetivo. É estimado que o desfibrilador custa 13.800 dólares e 29.200 dólares pôr ano
para cada vida salva. Resultados preliminares do estudo AVID sugerem um custo muito alto
de 127.000 dólares pôr ano para cada vida salva. Não está claro, também, que o
impacto na qualidade de vida justifique estas despesas. Assim sendo, este assunto continua
a ser muito polêmico, e aguarda outros estudos para um melhor consenso.
Bibliografia:
- Dormanski, MJ, Saksena, S, Epstein, AE, et al. Relative effectiveness of the implantable
cardioverter-defibrillator and antiarrhythmic drugs in patients with varying degrees of
left ventricular dysfunction who survived malignant ventrucular arrhytmia. J Am Coll
Cardiol. 1999; 34:1090.
- The AVID Investigators causes of death in the antiarrhytmics versus implantable
defibrillators (AVID) trial. J Am Coll Cardiol 1999, 34:1552.
- Kuppermar, M, Luce, BR, Mg Govern, B, et al. Na analysis of the cost effectiveness of
the implantable defibrillator. Circulation 1990; 81:91.
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