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Notícias do Departamento de Aterosclerose Dia 30 de Julho de 2000

 

Conferências

O dia começou com a conferência do Prof. Peter Wilson do Framingham Heart Study falando sobre o impacto da genética no risco cardiovascular. O Dr. Wilson enfatizou que a presença de alguns marcadores como a isoforma E4 da apolipoproteína E pode aumentar o risco de doença coronária de forma similar a níveis de LDL-C > 160 mg/dL ou HDL-C < 35 mg/dl.

O Prof. Protásio da Luz do Incor de São Paulo, enfatizou a importância dos outros marcadores de risco, como por exemplo marcadores inflamatórios e a baixa ingestão dietética de anti-oxidantes como marcadores de risco coronário.

 

Temas Livres

Além de alterações genéticas filhos de pais coronarianos apresentam componente comportamental/ ambiental desfavorável.

Foi a apresentado por JP Andrade e cols o estudo Prevalência de anormalidades lipídicas em adolescentes filhos de portadores de doença isquêmica do coração-DIC

Este estudo foi desenvolvido no núcleo de pesquisa em cardiologia da escola Bahiana de Medicina e Saúde Publica de Salvador.

Segundo a Acadêmica Mariana Andrade co-autora do estudo. Objetivo primário foi o de determinar a prevalência de dislipidemias em filhos de portadores de DIC. Foram estudados 420 indivíduos sendo 137 adultos (pais) e 293 adolescentes. A média de idade dos pais foi de cerca de 48 anos, e o dos filhos foi de 15,7 anos. Além de níveis elevados de LDL-C e triglicérides foi observado uma elevada prevalência de sobrepeso e obesidade (> 25 kg/m2) nos filhos de portadores de DIC. Nos filhos nos quais os pais eram dislipidêmicos foi observado que 70,7% dos filhos apresentavam IMC elevado. Esse estudo sugere que além do componente genético o componente comportamental tem papel importante na risco desses jovens. Devemos enfatizar campanhas de prevenção para essa faixa etária e corrigir as distorções.

 

Estudo sugere que papel da homocisteína necessita ainda ser melhor estabelecido na evolução da doença arterial coronária na população brasileira.

 

J Rocha e cols do Grupo de Aterosclerose do Incor-SP, estudaram 205 pacientes submetidos a angiografia coronária que tiveram seus níveis de homocisteína determinados e que receberam intervenção com suplementação vitamínica. A hiperhomocisteínemia pode contribuir para a doença coronária população brasileira. Estudos prospectivos de tratamento são necessários.

 

Colaboraram para essa edição: Emílio Moriguchi, Hermes T. Xavier e Raul D. Santos

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