ASPECTOS DO ECG
O ECG mostra ondas P com morfologia "plus-minus" em D2, D3, e aVF,
SÂP orientado a –40º para trás, duração de 160 ms e ausência do segmento
PR, de tal forma que as ondas P estendem-se além do início dos complexos QRS
correspondentes. Apresenta ainda sinais evidentes de sobrecarga ventricular
esquerda.
DISCUSSÃO
Os bloqueios atriais podem ser classificados em:
1. Bloqueio sinoatria] -NSA/Átrio
2. Bloqueio interatrial- AD/AE
3. Bloqueio intra-atrial -em 1 dos átrios
4. Aberrância Atrial -intermitência de qualquer dos anteriores
O bloqueio interatrial também pode ser subdividido em:
1. Parcial- atraso de impulso do AD-AE através do Feixe de Bachman (FB).
2. Avançado- (3° grau) -Estímulo bloqueado no FB pode dar lugar ou a uma
dissociação atrial (rara) ou mais frequentemente à despolarização do átrio
direito a partir de nó sinusal em direção às suas porções inferiores
(próximo do NAV); a seguir o estímulo assume a direção caudo-craneal
despolarizando o átrio esquerdo. Tal sequência de despolarização justifica a
clássica morfologia plus-minus nas derivações inferiores associadas a aumento
importante da duração de p (> 120 ms).
Como o átrio esquerdo despolariza-se tardiamente, possibilita com isso
contração simultânea das câmaras esquerdas.
O mecanismo fisiopatológico é consequência fundamental do prolongamento do
tempo de condução em nível de átrio esquerdo.
Repercussão clínica: alta frequência de arritmias (fibrilação e flutter
atriais).
A presente situação ocorreu de forma espontânea e, portanto, deve ser
considerada na investigação de pacientes com sintomas de baixo débito e
congestão pulmonar. A ressincronização da dinâmica cardíaca por marcapasso
tricameral contornaria parcialmente tais limitações.
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CONCLUSÃO
Bloqueio Interatrial