Eletrocardiograma da Semana |
ECG da semana IDENTIFICAÇÃO: FBLC, 15 anos, masculino.Portador de cardiopatia congênita. Cansaço aos grandes esforços.TE para avaliação da capacidade funcional. ASPECTOS DO ECG: Ritmo de flutter atrial 2:1 Ondas F negativas em D2/D3/AVF. Eixo do QRS para direita. Ondas R amplas de V1 a V4. Freqüência atrial em torno de 300 bpm. DISCUSSÃO O flutter atrial é um circuito macrorreentrante, restrito ao átrio direito, que organiza-se entre barreiras anatômicas formadas pelas veias cavas, o anel da valva tricúspide e a crista terminalis. Conforme o sentido em que o estímulo elétrico circula ao redor dessas estruturas, o flutter será classificado em horário ou anti-horário.No flutter tipo 1 anti-horário, o estímulo desce pela crista terminalis, atravessa o istmo VCI-tricúspide e inicia a despolarização dos átrios de baixo para cima. No ECG observamos ondas F negativas em D2, D3 e AVF , padrão mais comum.Quando o estímulo segue o sentido horário temos ondas F positivas em D2, D3 e AVF. O flutter atrial na forma crônica está geralmente associado a cardiopatia estrutural com grandes dilatações dos átrios como valvopatia mitral, as cardiopatias congênitas, hipertensão arterial, miocardiopatias e pacientes com DPOC. O flutter transitório pode ocorrer na fase aguda do infarto do miocárdio, pós-operatório de cirurgia cardíaca, pericardite e miocardites. Flutter comum: Freqüência varia de 240 a 340 bpm, rotação anti- horária, ondas F negativas em D2/D3/AVF. Flutter incomum:Freqüência varia de 340 a 430 bpm, rotação horária, ondas F positivas D2/D3/AVF. |