Eletrocardiograma da Semana |
ECG da semana OSC, fem, 69 anos - 06/07/2003
IDENTIFICAÇÃO: O.S.C., fem, 69 anos Admitida no PS com dor precordial em opressão, em uma cidade a 100 Km de São Paulo Antecedentes: HAS e tabagismo ASPECTOS DO ECG : Ritmo sinusal, BAV 2° grau Mobtiz 1 (Wenckebach) Eixo do QRS em torno de -30° Supradesnivelamento do segmento ST (3mm) em parede inferior (D2, D3 e AVF), com supra em D3 maior que D2. Infradesnivelamento do segmento ST (2mm ) em parede ântero-lateral (V2 a V6, D1, AVL) Área eletricamente inativa inferior (onda Q) DISCUSSÃO: Os infartos inferiores envolvem os dois terços inferiores da porção posterior do VE, área irrigada pela coronária direita, a qual é responsável também pela irrigação do restante da região posterior do VE. O infarto de VD ocorre em 25% de pacientes com IAM inferior e habitualmente relaciona-se com a oclusão aguda da artéria coronária direita, proximal ao ramo vetricular direito e na ausência de circulação colateral. Freqüentemente se acompanha de graves distúrbios da condução AV e comprometimento da função sinusal, necessitando em alguns casos de marcapasso transcutâneo. O comprometimento da parte baixa do VD pode ser pouco importante e não refletir sinais clínicos de IVD. O supradesnivelamento do segmento ST em V4R é o sinal eletrocardiográfico mais sensível. Apesar de ter sido trombolizada, evolui com episódios de dor percordial recorrente e supradesnível persistente do segmento ST.Foi transferida para nosso serviço no 2° PIM. No dia seguinte (3° PIM) foi realizado cate que revelou oclusão de CD, TCE com lesão de 50%, DA com lesão de 80%, Diagonal 1 com lesão de 70% e CX com irregularidades. Ventriculografia: acinesia da parede inferior do VE. Evolui estável, sem intercorrências, e no 7° PIM foi realizada cirurgia de revascularização miocárdica sem intercorrências. No 3° dia de pós-operatório (10° PIM) enquanto deambulava na enfermaria apresentou PCR refratária as manobras de reanimação, sendo constatado óbito |